NFS

NFS é um sistemas de arquivos, proposto pela SUN, desenvolvido para compartilhar de forma transparente (RPC) arquivos e diretórios com outros computadores em uma rede heterogênea (Linux e Windows). Funciona cliente-servidor, mas cada maquina pode ser cliente-servidor ao mesmo tempo – por isso considera-se como distribuído, as conexões são Stateless, e as pastas compartilhadas são visualizadas como pastas locais nos computadores cliente. Utiliza o NIS como serviço de nomes.   Deamons:   NFSd: servidor que atende requisições dos clientes;MOUNTd: servidor de montagem, executa as solicitações do NFSd.PORTMAP: permite que clientes descubram qual a porta o servidor está utilizando.NFSIOd: opcional, recebe solicitações do NFSd e aumentar seu desempenho.AMd: opcional, monta partições automaticamente, quando requisitada a sua utilização.
Arquivos:   /etc/rc.conf: arquivo do Linux para iniciar automaticamente o NFS no boot./etc/export: lista quais os diretórios serão exportados, e quais clientes podem acessá-lo./etc/init.d/nfs.server start – inicializar o NFS/etc/fstab: utilizado no cliente para montar as pastas especificadas do NFS.   Porta: 2049 (UDP ou TCP) RFC: 1094

O NFS (Network File System) é o sistema de arquivos de rede mais popular nos sistemas UNIX e Linux.

Dentre os diversos sistemas de arquivos suportados pelo FreeBSD está o Sistema de Arquivo em Rede (Network File System), também conhecido como NFS. O NFS permite que um sistema compartilhe seus diretórios e arquivos com outros sistemas através de uma rede. Usando NFS, os usuários e programas podem acessar arquivos em sistemas remotos quase como se fossem arquivos locais.

Os Serviços de NFS oferecem uma solução de compartilhamento de arquivos para empresas que têm um ambiente misto de Windows e UNIX. Os Serviços de NFS permitem aos usuários transferir arquivos entre computadores que executem o sistema operacional Windows Server® 2008 R2 e outros computadores baseados em UNIX com o uso do protocolo NFS.

NFS (acrônimo para Network File System) é um sistema de arquivos distribuídos desenvolvido inicialmente pela Sun Microsystems Inc., a fim de compartilhar arquivos e diretórios entre computadores conectados em rede, formando assim um diretório virtual, ou seja, NFS permite aos usuários acessar arquivos e diretórios localizados em computadores remotos e tratá-los como se fossem locais.

O network file system (NFS) possui protocolo de comunicação que possibilita aos clientes acessar os arquivos armazenados em um servidor, o que permite a um conjunto heterogêneo de processos compartilhar um sistema de arquivos em comum.

O NFS implementa o acesso transparente de arquivo utilizando o protocolo RPC, sendo este utilizado para a comunicação entre processos em diferentes computadores da rede.

O NFS (network file system) é responsável pela comunicação com o hospedeiro remoto e o sistema de arquivo a ser acessado. O NFS utiliza o protocolo mount para realizar funções específicas de I/O. O NFS e o protocolo mount são padronizados sob a RFC 1094.

O NFS permite que cada máquina seja cliente e servidor ao mesmo tempo.

A possibilidade de acesso ao servidor NFS requer que três daemons estejam executando e, entre eles, o portmap, para permitir aos clientes NFS saberem qual porta o servidor NFS está utilizando.

Quando um diretório é exportado, normalmente, todas as árvores de diretórios são exportadas como uma só unidade.

O mesmo arquivo pode ter diferentes nomes nos diferentes clientes, pois eles são montados em um local diferente nas respectivas árvores de arquivos.

O ponto de montagem é totalmente local aos clientes; o servidor não sabe onde ele é montado em nenhum de seus clientes.

NFS visa suportar um sistema heterogêneo, com clientes e servidores capazes de executar sistemas operacionais diferentes em hardwares diferentes.

Um exemplo da utilização do NFS é a disponibilização das áreas de trabalho dos usuários em toda a rede e, quando este efetua o login, seu diretório de trabalho pode ser acessado via NFS. Supondo que o usuário mude de estação de trabalho, o seu diretório pode ser disponibilizado novamente nesta estação e sem que nenhuma configuração adicional seja realizada.

Existem dois protocolos de compartilhamento de arquivos e diretórios de uso mais comum atualmente: o NFS (Network File Sytem), proposto inicialmente pela Sun utilizado em sistemas Unix e o SMB (Server Message Block), que é um protocolo de compartilhamento de recursos proprietário da Microsoft.

NIS É o serviço de nomes que é mais comumente utilizado pelo NFS para prover compartilhamento de arquivos no ambiente Linux.

NFS é independente do sistema operacional e do protocolo de transporte.

O comutador do sistema de arquivo virtual (VFS) fornece os meios para suportar vários sistemas de arquivos simultaneamente em um host. Quando se sabe que a solicitação é destinada para o NFS, o VFS a passa para a instância do NFS no kernel. O NFS interpreta a solicitação de E/S e a converte para um procedimento do NFS. Além disso, há uma camada de interoperabilidade importante chamada de external data representation (XDR), que assegura que todos os participantes do NFS se comuniquem com facilidade ao tratarem de tipos de dado.

NFS não é dependente da rede e da arquitetura do servidor.

Os protocolos NFS e CIFS permitem o compartilhamento via rede de recursos entre sistemas com arquitetura cliente-servidor, quaisquer que sejam suas plataformas de hardware e software.

Características do NFS:

  • Compartilha arquivos e diretórios
  • Opera sobre o RPC
  • Protocolo proposto pela SUN
  • O usuário vê um diretório remoto como um diretório local
  • Para o servidor funcionar corretamente, a informação sobre o estado de seus clientes é irrelevante.
  • Para o cliente, o sistema de arquivos, bem como os arquivos e diretórios, parecem residir no disco ligado ao sistema local.
  • Provê acesso remoto transparente a arquivos compartilhados via rede, e foi desenvolvido para funcionar independentemente de equipamento, sistema operacional, arquitetura de rede e protocolo de transporte;
  • Utiliza RPC para prover transparência;
  • O protocolo NFS assume uma implementação stateless de servidor, de maneira que o servidor não precisa manter informação sobre o estado de qualquer um dos seus clientes para funcionar corretamente;
  • Provê dois níveis de transparência·
    • Para o cliente, o sistema de arquivos parece residir no disco ligado ao sistema local, e os arquivos e diretórios, sejam eles locais ou remotos, são vistos da mesma forma, pois o servidor esconde a localização do arquivo na rede;
    • O servidor esconde a estrutura de seu sistema de arquivos, fazendo com que o sistema de arquivos remoto pareça ter a mesma estrutura que a do cliente.
  • Dependendo da versão, pode ser implementado via UDP ou TCP.

Arquivos de configuração do servidor:

/etc/export: lista quais diretórios são exportados pelo servidor. Deve ser editado a mão.

No Linux, o arquivo /etc/exports enumera os sistemas de arquivos exportados por meio do NFS e os clientes que podem acessar cada um deles.

Crie um diretório e realize o compartilhamento, editando a linha do arquivo /etc/export.

Inicie o processo servidor NFS:  /etc/init.d/nfs.server start

Configuração do cliente:

O cliente deve montar o diretório compartilhado pelo servidor como parte de seu próprio sistema de arquivos.

Em primeiro lugar, deve-se criar o diretório que será o ponto de montagem no cliente, digamos /mnt/teste

Depois, deve-se realizar a montagem:

# mount Nome_do_servidor:/dir/compartilhado /mnt/teste

Onde o nome do servidor pode ser resolvido via DNS ou através do arquivo /etc/hosts. Se não houver serviço de nomes disponível, pode-se utilizar o endereço IP do servidor.

Quando o Linux é iniciado, qual arquivo de configuração é utilizado pelo sistema operacional para verificar quais os compartilhamentos NFS que devem ser montados? etc/fstab

Alguns dos benefícios mais notáveis que o NFS pode oferecer são:

  • Estações locais usam menos espaço em disco porque dados frequentemente usados podem ser armazenados em uma única máquina e ainda permanecerem acessíveis a outras pela rede.
  • Não há necessidade de usuários terem diretórios pessoais separados em cada máquina da rede. Diretórios pessoais podem ser configurados no servidorNFS e serem disponibilizados através da rede.
  • Dispositivos de armazenamento como disquetes, leitores de CD-ROM e leitores de ZIP podem ser usados por outras máquinas na rede. Isto pode reduzir o número de leitores de mídia removível em toda a rede.

Como o NFS Funciona

O NFS consiste de, pelo menos, duas partes principais: um servidor e um ou mais clientes. O cliente acessa remotamente os dados armazenados na máquina servidora. Para que isto funcione direito, alguns poucos processos precisam estar configurados e rodando:

Nota: No FreeBSD 5.X, o utilitário portmap foi substituído pelo utilitário rpcbind. Assim, no FreeBSD 5.X é preciso que o usuário substitua cada instância do portmap pelo rpcbind nos exemplos a seguir.

O servidor precisa ter rodando os seguintes daemons:

  • Nfsd: O daemon NFS, que atende requisições dos clientes NFS.
  • Mountd: O daemon de montagem NFS, que executa as solicitações que o nfsd(8) lhe passa.
  • Portmap: O daemon portmapper permite que clientes NFS descubram qual porta o servidor NFS está utilizando.

O cliente também pode rodar um daemon, conhecido como nfsiod. O daemon nfsiod atende às solicitações do servidor NFS. Isto é opcional e aumenta o desempenho, mas não é requerido para a operação normal e correta. Veja a página de manual nfsiod(8) para mais informações.

Configurando o NFS

A configuração do NFS é um processo relativamente claro e direto. Os processos que precisam estar rodando podem todos ser ativados no momento da inicialização do sistema, com poucas modificações no seu arquivo /etc/rc.conf.

No servidor NFS, certifique-se de que as seguintes opções estão configuradas no arquivo /etc/rc.conf:

  • portmap_enable=”YES”
  • nfs_server_enable=”YES”
  • mountd_flags=”-r”

O mountd é automaticamente executado quando o servidor NFS é ativado.

No cliente, certifique-se de que esta opção está presente no /etc/rc.conf:

nfs_client_enable=”YES”

O arquivo /etc/exports especifica quais sistemas de arquivos o NFS deve exportar (às vezes chamados de “compartilhamentos”). Cada linha no /etc/exports determina um sistema de arquivo a ser exportado e quais máquinas têm acesso àquele sistema de arquivo. Junto com quais máquinas têm acesso ao sistema de arquivos, opções de acesso também podem ser especificadas. Existem muitas opções que podem ser usadas neste arquivo, mas somente umas poucas serão mencionadas aqui. Você pode facilmente descobrir outras opções lendo a página de manual exports(5).

Aqui estão uns poucos exemplos de entradas no /etc/exports:

Os seguintes exemplos dão uma ideia de como exportar sistemas de arquivos, ainda que os parâmetros possam ser diferentes, dependendo do seu ambiente e das configurações de rede. Por exemplo, para exportar o diretório /cdrom para três máquinas de exemplo, que possuem o mesmo nome de domínio que o servidor (por conseguinte a ausência do nome de domínio em cada uma) ou possuem entradas no seu arquivo /etc/hosts. O parâmetro -ro torna o sistema de arquivo exportado somente-para-leitura (read-only). Com este parâmetro, o sistema remoto não será capaz de gravar quaisquer mudanças no sistema de arquivo exportado.

 /cdrom -ro host1 host2 host3

A linha abaixo exporta o /home para três sistemas através de seus endereços IP. Esta é uma configuração útil, se você tem uma rede privada, sem servidor DNS configurado. Opcionalmente, o arquivo /etc/hosts poderia ser configurado para nomear os sistemas internos; por favor reveja hosts(5) para maiores informações. O parâmetro -alldirs permite que os subdiretórios sejam pontos de montagem. Em outras palavras, não vai montar os subdiretórios, mas vai permitir que o cliente monte somente os diretórios que são requeridos os necessários.

/home  -alldirs 10.0.0.2 10.0.0.3 10.0.0.4

A seguinte linha exporta /a de forma que dois clientes de diferentes domínios acessem o sistema de arquivos. O parâmetro -maproot=root permite que o usuário root do sistema remoto grave dados no sistema de arquivos exportado como root. Se o parâmetro -maproot=root não for especificado, então, mesmo que um usuário tenha acesso de root no sistema remoto, ele não será capaz de modificar arquivos no sistema de arquivos exportado.

/a  -maproot=root host.exemplo.com box.exemplo.org

Para que um cliente tenha acesso a um sistema de arquivos exportado, o cliente precisa ter permissão para tal. Certifique-se de que o cliente está listado no seu arquivo /etc/exports.

No /etc/exports, cada linha representa a informação de exportação para um sistema de arquivo para um sistema. Um sistema remoto pode ser especificado somente uma vez por sistema de arquivo, e pode ter somente uma entrada padrão. Por exemplo, assuma que /usr é um único sistema de arquivo. O /etc/exports abaixo seria inválido:

  • /usr/src   cliente
  • /usr/ports cliente

Um sistema de arquivo, /usr, tem duas linhas especificando exportações para o mesmo sistema, cliente. O formato correto para esta situação é:

/usr/src /usr/ports cliente

As propriedades de um sistema de arquivo exportado para um dado sistema precisa estar em uma mesma linha. Linhas sem um cliente especificado são tratadas como um único sistema. Isto limita como você pode exportar sistemas de arquivos, mas para a maioria das pessoas isto não é um problema.

Abaixo segue um exemplo de uma lista de exportação válida, onde /usr e /exports são sistemas de arquivos locais:

Exemplo:

# Exporte src e ports ao cliente01 e cliente02, mas somente o # cliente01 tem privilégios de root nele   /usr/src /usr/ports -maproot=root    cliente01 /usr/src /usr/ports        cliente02   # As máquinas cliente possuem acesso de root e podem montar em # qualquer lugar de /exports.  Qualquer um no mundo pode montar /exports/obj somente-leitura.   /exports -alldirs -maproot=root      cliente01 cliente02 /exports/obj -ro

Você precisa reiniciar o mountd todas as vezes que modificar o /etc/exports de forma que as mudanças tenham efeito. Isto pode ser executado enviando o sinal HUP ao processo mountd:

# kill -HUP `cat /var/run/mountd.pid`

Alternativamente, uma reinicialização (reboot) fará o FreeBSD configurar tudo corretamente. Entretanto, uma reinicialização não é necessária. Executando o seguinte comando como root deverá ativar tudo.

No servidor NFS:

  • # portmap
  • # nfsd -u -t -n 4
  • # mountd -r

No cliente NFS:

  • # nfsiod -n 4

Agora tudo deve estar pronto para, na prática, montar um sistema de arquivo remoto. Nestes exemplos, o nome do servidor será server e o nome do cliente será client. Se você quer somente montar temporariamente um sistema de arquivo ou prefere testar a configuração, apenas execute um comando como este como root no cliente:

# mount server:/home /mnt

Isto irá montar o diretório /home do servidor em /mnt no cliente. Se tudo estiver configurado corretamente, você deve ser capaz de entrar no /mnt no cliente e ver todos os arquivos que estão no servidor.

Se você quer montar automaticamente um sistema de arquivo remoto cada vez que o computador iniciar, adicione o sistema de arquivos no arquivo /etc/fstab. Eis um exemplo:

server:/home   /mnt    nfs rw  0   0

A página de manual fstab(5) lista todas as opções disponíveis.

Usos Práticos

O NFS tem muitos usos práticos. Alguns dos usos mais comuns estão listados abaixo:

  • Configurar diversas máquinas para compartilhar um CDROM ou outra mídia entre eles. Isto é mais barato e frequentemente um método mais conveniente de instalar software em múltiplas máquinas.
  • Em grandes redes, pode ser mais conveniente configurar um servidor central para armazenar todos os diretórios pessoais dos usuários. Estes diretórios pessoais então podem ser exportados para a rede, de forma que os usuários sempre tenham o mesmo diretório pessoal, sem se preocupar com qual estação de trabalho eles utilizem.
  • Diversas máquinas poderiam ter um diretório /usr/ports/distfiles comum. Desta forma, quando você precisar instalar um port em diversas máquinas, você pode rapidamente acessar o fonte sem precisar baixá-lo em cada máquina.

Montagens Automáticas com amd

O daemon de automontagem, amd(8) (automatic mounter daemon), monta automaticamente um sistema de arquivo remoto todas as vezes que um arquivo ou diretório naquele sistema de arquivo é acessado. Sistemas de arquivos que ficam inativos por um período de tempo também serão automaticamente desmontados pelo amd. Usar o amd é uma alternativa para montagens permanentes, uma vez que as montagens permanentes geralmente estão listadas no /etc/fstab.

O amd opera anexando-se como um servidor NFS aos diretórios /host e /net. Quando um arquivo é acessado dentro destes diretórios, o amd procura pelo ponto de montagem remoto correspondente e o monta automaticamente. O /net é usado para montar um sistema de arquivo exportado de um endereço IP, enquanto o /host é usado para montar uma exportação de um nome de sistema remoto.

Um acesso a um arquivo dentro de /host/foobar/usr diria ao amd para tentar montar a exportação /usr no sistema foobar.

Você pode ver as montagens disponíveis de um sistema remoto com o comando showmount. Por exemplo, para ver as montagens de um sistema chamado foobar, você pode usar:

Exemplo:

% showmount -e foobar Exports list on foobar: /usr  10.10.10.0 /a  10.10.10.0 % cd /host/foobar/usr

Como visto no exemplo, o showmount mostra /usr como uma exportação. Quando trocar de diretórios para /host/foobar/usr, o amd tenta resolver o nome do sistema foobar e automaticamente monta a exportação desejada.

O amd pode ser iniciado pelos scripts de inicialização colocando as seguintes linhas no /etc/rc.conf:

amd_enable=”YES”

Adicionalmente, parâmetros personalizados podem ser passados ao amd pela opção amd_flags. Por padrão, o amd_flags é ajustado para:

amd_flags=”-a /.amd_mnt -l syslog /host /etc/amd.map /net /etc/amd.map”

O arquivo /etc/amd.map define as opções padrão com as quais as exportações serão montadas. O arquivo /etc/amd.conf define algumas das características mais avançadas do amd.

Problemas na Integração com Outros Sistemas

Certos adaptadores Ethernet para sistemas PC ISA possuem limitações que podem causar sérios problemas de rede, particularmente com NFS. Esta dificuldade não é específica do FreeBSD, mas sistemas FreeBSD são afetados por ela.

O problema quase sempre ocorre quando sistemas PC (FreeBSD) são conectados em rede com estações de trabalho de alto desempenho com as feitas pela Silicon Graphics, Inc., e Sun Microsystems, Inc. As montagens NFS funcionarão bem, e algumas operações podem ser bem sucedidas, mas repentinamente, o servidor vai parecer não mais responder ao cliente, mesmo que as solicitações de e para outros sistemas continuem a ser processadas. Isto acontece ao sistema cliente, se o cliente for o sistema FreeBSD ou a estação de trabalho. Em muitos sistemas, não há forma de parar o sistema elegantemente, uma vez que este problema se manifestou. A única solução é, frequentemente, reinicializar o cliente, porque a situação do NFS não pode ser resolvida.

Apesar da solução ”correta” ser a de obter um adaptador de maior desempenho e capacidade para o sistema FreeBSD, há um contorno simples que vai permitir a operação satisfatória. Se o sistema FreeBSD for o servidor, inclua a opção -w=1024 na montagem a partir do cliente. Se o sistema FreeBSD é o cliente, então monte o sistema de arquivo NFS com a opção -r=1024. Estas opções podem ser especificadas usando o quarto campo da entrada fstab no cliente para montagens automáticas, ou, usando o parâmetro -o do comando mount para montagens manuais.

Deve ser observado que há um problema diferente, algumas vezes confundido com este, quando os servidores e clientes NFS estão em redes diferentes. Se for este o caso, esteja certo de que seus roteadores estão roteando a informação UDP necessária, ou você não vai chegar a lugar algum, não importando o que mais você estiver fazendo.

Nos seguintes exemplos, fastws é o nome do sistema (interface) de uma estação de trabalho de alto desempenho, e freebox é o nome do sistema (interface) de um sistema FreeBSD com um adaptador Ethernet de baixo desempenho. Também, /sharedfs será o sistema de arquivo NFS exportado (veja exports(5)), e /project será o ponto de montagem no cliente para o sistema exportado. Em todos os casos, note que opções adicionais, como hard ou soft e bg podem ser desejáveis em sua aplicação.

Exemplos para o sistema FreeBSD (freebox) como sendo o cliente no /etc/fstab de freebox:

fastws:/sharedfs /project nfs rw,-r=1024 0 0

Como um comando para montagem manual em freebox:

# mount -t nfs -o -r=1024 fastws:/sharedfs /project

Exemplos para o sistema FreeBSD como o servidor no /etc/fstab em fastws:

freebox:/sharedfs /project nfs rw,-w=1024 0 0

Como comando para montagem manual em fastws:

# mount -t nfs -o -w=1024 freebox:/sharedfs /project

Quase qualquer adaptador Ethernet permitirá operação sem as restrições acima no tamanho de leitura ou escrita.

Para qualquer um que se importe, aqui está o que acontece quando a falha ocorre, o que também explica porque é irrecuperável. O NFS trabalha tipicamente com um tamanho de “bloco” de 8k (apesar de que pode criar fragmentos de tamanhos menores). Uma vez que o tamanho máximo do quadro Ethernet é em torno de 1500 bytes, o “bloco” NFS é dividido em múltiplos quadros Ethernet, mesmo que ainda seja uma única unidade para o código de nível superior, e precisa ser recebido, montado e confirmado (acknowledged) como uma unidade. As estações de alto desempenho podem bombear os pacotes que compõem a unidade NFS para fora, um após o outro, tão próximos quanto permitido pelo padrão. Nas interfaces menores, de baixa capacidade, os últimos pacotes ultrapassam os primeiros pacotes da mesma unidade antes que possam ser reconstruídos ou confirmados. Como resultado, a estação de trabalho vai expirar e tentar novamente, mas tentará novamente com a unidade de 8 K inteira, e o processo se repetirá, ao infinito.

Mantendo o tamanho da unidade menor que a limitação do tamanho do quadro Ethernet, garantimos que qualquer quadro Ethernet completo recebido pode ser confirmado individualmente, evitando a situação de congelamento (deadlock).

Ultrapassagens ainda poderão ocorrer quando uma estações de alto desempenho estiverem golpeando dados para um sistema PC, mas com placas melhores, tais ultrapassagens não são garantidas nas “unidades” NFS. Quando uma ultrapassagem acontecer, as unidades afetadas serão retransmitidas, e haverá uma boa chance de que serão recebidas, montadas e confirmadas.

Bibliografia

Questões

Resolução de Questões de Concursos Anteriores

TRF 2ª Região – Analista Judiciário – 2012 – FCC
Em relação ao sistema de arquivos NFS, considere:   I. O NFS permite que cada máquina seja cliente e servidor ao mesmo tempo.   II. Quando um diretório é exportado, normalmente, todas as árvores de diretórios são exportadas como uma só unidade.   III. O mesmo arquivo pode ter diferentes nomes nos diferentes clientes, pois eles são montados em um local diferente nas respectivas árvores de arquivos.   IV. O ponto de montagem é totalmente local aos clientes; o servidor não sabe onde ele é montado em nenhum de seus clientes.   V. NFS visa suportar um sistema heterogêneo, com clientes e servidores capazes de executar sistemas operacionais diferentes em hardware diferentes.   Está correto o que consta em   a) I, II e III, apenas. b) I, II e IV, apenas. c) I, II, III, IV e V. d) II, III e IV, apenas. e) I, II e V, apenas.

RESPOSTA: C

MEC – Administrador de Redes – 2011 – CESPE
O serviço de compartilhamento de arquivos via NFS (Network File System) é uma tecnologia padrão da Microsoft. No caso de redes Unix, o cliente NFS se conecta nativamente a um compartilhamento de rede Microsoft e apresenta suas credenciais de acesso.   Certo ou Errado?

RESPOSTA: Errado

Um dos erros é que o NFS é uma tecnologia da Sun.

MEC – Administrador de Redes – 2011 – CESPE
No Linux, o arquivo /etc/exports enumera os sistemas de arquivos exportados por meio do NFS e os clientes que podem acessar cada um deles.   Certo ou Errado?

RESPOSTA: Certo

MEC – Administrador de Redes – 2011 – CESPE
O NFS (Network File System) consiste em vários componentes, incluindo um protocolo de montagem, um servidor de montagem, daemons que coordenam o serviço de arquivos básicos e vários utilitários de diagnóstico. No lado servidor, parte do software reside no kernel, mas, no lado cliente, ele reside todo no modo usuário.   Certo ou Errado?

RESPOSTA: Errado

O NFS faz parte do kernel tanto no servidor quanto no cliente.

“NFS over UDP and TCP on IPv4 are supported on the latest 2.4 and 2.6 kernels.” (http://nfs.sourceforge.net/ )

Isso porque o NFS utiliza RPC (remote procedure calls) para ser eficiente. O servidor também roda threads no modo usuário (nfsd).

Nossa Caixa Desenvolvimento – Analista de Sistemas – 2011 – FCC
É um sistema de arquivos distribuídos que compartilha arquivos e diretórios entre computadores conectados em rede e tem por finalidade tornar o acesso remoto transparente para o usuário do computador, pois quando o usuário chama um arquivo ou diretório no servidor, lhe parece estar acessando localmente. Trata-se de   A) NTFS B) EXT2. C) NFS. D) EXT3. E) SWAP.

RESPOSTA: C

TRT 22ª Região – Técnico Judiciário – 2011 – FCC
Em relação aos protocolos CIFS e NFS:   a) CIFS é protocolo padrão nos sistemas operacionais UNIX. b) NFS é baseado no protocolo SMB (Server Message Block). c) CIFS não requer que usuários façam requisições de autenticação para acessar o arquivo. d) NFS é independente do sistema operacional e do protocolo de transporte. e) NFS é dependente da rede e da arquitetura do servidor.

RESPOSTA: D

a) Errada.  O protocolo CIFS é uma versão atualizada do antigo protocolo NetBIOS, usado para a navegação e acesso a compartilhamentos em redes Windows. O protocolo CIFS é utilizado por padrão pelos clientes rodando o Windows 2000, XP e Vista, além de ser usado pelas versões recentes do Samba. O protocolo CIFS também é conhecido como um dialeto do protocolo SMB.

b) Errada. O CIFS é uma implementação do SMB.

c) Errada. No SMB/CIFS um compartilhamento é um recurso da máquina local que é disponibilizado para acesso via rede, que poderá ser mapeada por outra máquina. O compartilhamento pode ser um diretório, arquivo, impressora. Além de permitir o acesso do usuário, o compartilhamento pode ser protegido por senha, e ter controle de acesso de leitura/gravação, monitoração de acessos, diretórios ocultos, autenticação via PDC (domínio) e outras formas para restringir e garantir segurança na disponibilização dos dados.

d) Certo. o comutador do sistema de arquivo virtual (VFS) fornece os meios para suportar vários sistemas de arquivos simultaneamente em um host. Quando se sabe que a solicitação é destinada para o NFS, o VFS a passa para a instância do NFS no kernel. O NFS interpreta a solicitação de E/S e a converte para um procedimento do NFS. Além disso, há uma camada de interoperabilidade importante chamada de external data representation (XDR), que assegura que todos os participantes do NFS se comuniquem com facilidade ao tratarem de tipos de dado.

e) Errada. Pela explicação do item d).

TRT 24ª Região – Técnico Judiciário – 2011 – FCC
Em relação aos sistemas de arquivos NFS e CIFS, considere:   I. Para o servidor funcionar corretamente, a informação sobre o estado de seus clientes é irrelevante.   II. Para acessar um arquivo, o cliente, entre outras ações, precisa determinar o nome relativo do arquivo dentro do servidor.   III. Um servidor pode terminar a conexão de transporte quando, nele, um cliente não tiver recursos abertos.   IV. Para o cliente, o sistema de arquivos, bem como os arquivos e diretórios, parecem residir no disco ligado ao sistema local.   As afirmações contidas nos itens I, II, III e IV, correspondem, respectivamente, a   a) CIFS, CIFS, NFS, NFS. b) NFS, CIFS, CIFS, NFS. c) CIFS, NFS, NFS, CIFS. d) NFS, NFS, CIFS, CIFS. e) NFS, CIFS, CIFS, CIFS.

RESPOSTA: B

CEMIG-Telecom – Técnico Judiciário – 2010 – FUMARC
Qual o serviço de nomes que é mais comumente utilizado pelo NFS para prover compartilhamento de arquivos no ambiente Linux?

a) DNS.
b) DHCP.
c) NIS.
d) WINS.

RESPOSTA: C

O serviço NIS (Network Information Service ou Serviço de Informação de Rede) tem o objetivo de fornecer para os usuários um ambiente que torne a rede transparente e concisa. Um dos principais passos é manter as informações de todas as contas de usuários na rede sincronizadas em todas as máquinas, pois isso vai permitir ao usuário mover de uma maquina para outra sem ter que lembrar de diferentes senhas, ou copiar dados de uma máquina para outra. Além de aumentar a flexibilidade para os usuários e também tornar a vida do administrador do sistema muito mais fácil através da manutenção de uma só copia de informação solicitada. Se por exemplo, uma entrada contendo uma senha é gravada na base de dados NIS, o usuário será capaz de acessar qualquer maquina da rede que contenha os programas – cliente do NIS que estão sendo executados, como se fosse sua própria máquina.

IBGE – Analista de Sistemas – 2010 – Cesgranrio
Quando o Linux é iniciado, qual arquivo de configuração é utilizado pelo sistema operacional para verificar quais os compartilhamentos NFS que devem ser montados?

a) etc/exports
b) etc/nfs.conf
c) etc/fstab
d) nfs/conf
e) nfs/exports

RESPOSTA: C

O arquivo /etc/fstab permite configurar o sistema para montar partições, cdroms, disquetes e compartilhamentos de rede durante o boot. Cada linha é responsável por um ponto de montagem. É através do /etc/fstab que o sistema é capaz de acessar o seu CD-ROM por exemplo. O fstab é um dos arquivos essenciais para o funcionamento do sistema.

DETRAN – Analista de Sistemas Júnior – 2009 – CESPE
O network file system (NFS) possui protocolo de comunicação que possibilita aos clientes acessar os arquivos armazenados em um servidor, o que permite a um conjunto heterogêneo de processos compartilhar um sistema de arquivos em comum.

Certo ou Errado?

RESPOSTA: Certo. O Network File System (NFS) é um protocolo que permite a comunicação entre servidores e clientes em redes de computadores para compartilhar sistemas de arquivos. Isso possibilita que processos em diferentes computadores possam compartilhar um mesmo conjunto de arquivos, o que é útil em ambientes com múltiplos sistemas operacionais.

Petrobrás – Analista de Sistemas Júnior – 2008 – Cesgranrio
O NFS é um protocolo que fornece aos usuários acesso transparente aos arquivos compartilhados em uma rede utilizando o protocolo TCP/IP. Para que o NFS funcione, alguns serviços devem estar em execução no servidor NFS. Dos serviços abaixo, qual é fornecido pelo daemon mountd?

a) Atender as requisições dos clientes NFS.
b) Executar as solicitações repassadas pelo nfsd.
c) Fornecer números de porta nas quais os clientes podem se vincular.
d) Monitorar o status dos servidores e clientes para recuperá-los de bloqueios NFS.
e) Gerenciar os sistemas bloqueados para evitar modificações de dados por vários clientes ao mesmo tempo.

RESPOSTA: A

Serpro – Analista de Sistemas Júnior – 2008 – Cesgranrio
O NFS (network file system) é responsável pela comunicação com o hospedeiro remoto e o sistema de arquivo a ser acessado. O NFS utiliza o protocolo mount para realizar funções específicas de I/O. O NFS e o protocolo mount são padronizados sob a RFC 3030.   Certo ou Errado?

RESPOSTA: Errado

Errado. O NFS (Network File System) é um protocolo que permite que um sistema operacional acesse arquivos em outro sistema operacional por meio de uma rede. Já o protocolo mount é utilizado para montar sistemas de arquivos remotos no sistema local. Ambos são padronizados sob a RFC 1094 e suas atualizações posteriores. A RFC 3030 se refere a um protocolo diferente, o protocolo de acesso a diretório (Directory Access Protocol – DAP).

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