Concordância Verbal

 O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa.

Exemplo:

A decisão do governo acerca da ampliação dos programas sociais para famílias que ganham de 2 a 3 salários mínimos será discutida hoje.

 

A decisão será discutida hoje.

 

Condenaram-se, sem que houvesse provas, os envolvidos no caso.

 

Condenaram-se os envolvidos no caso.

 

O curso de gestão de pessoas e de materiais representa ferramenta importante para este certame. (1  núcleo do sujeito, com dois adjuntos adnominais – de gestão de pessoas, de materiais)

 

O curso representa ferramenta importante para este certame.

Regra Geral 1:[Adj. Adnominal] + Nome + [Adj. Adnominal] + Complemento + verbo + [Complemento Verbal] + [Adj. Adverbial].

Nesta regra, o verbo concordará com o núcleo do sujeito.

Exemplo:

O aumento das trocas comerciais entre os países tem aberto outras oportunidades.

 

Uma combinação de resultados desfavoráveis pode eliminar nossos adversários.

 

Normalmente, a aplicação de métodos quantitativos exatos acaba por distorcer as linhas de raciocínio em ciências humanas.

Regra Geral 2:Verbo Intransitivo + [Adjunto Adverbial] + Sujeito

Nesta regra, o verbo intransitivo concorda com o sujeito.

Exemplo:

Consta, em nossos arquivos, muita informação acerca de sua carreira.

 

“Em nossos arquivos” é o adjunto adverbial de lugar. Consta onde?

 

Existem, em nosso país, muitos jovens envolvidos em ações criminosas.

Atenção:

São verbos muito utilizados em concurso público:

 

ééééé Faltar

ééééé Existir

ééééé Acontecer

ééééé Sobrar

ééééé Ocorrer

ééééé Bastar

ééééé Restar

ééééé Surgir

 

Lembre-se que período entre vírgula, devem ser ignorados para facilitar a análise de sintaxe.

Regra Geral 3:A + Objeto Indireto + VTI + Adjunto Adverbial + Sujeito

A ordem mais comum para esta regra é o Suj + VTI + A + OI + Adj. Adv.

Exemplo:

Aos representantes dos funcionários coube, inapelavelmente, a defesa da proposta, e, passados pouco mais de dez dias, não restaram problemas sem solução.

 

“e, passados pouco mais de dez dias, não restaram problemas sem solução” é uma oração onde o sujeito é indeterminados.

Exceção 01 – Sujeito Composto – Anteposto

O verbo ficará na 3ª pessoa do plural.

Exemplo:

Inscrição, viagem e curso encarecem a disputa pela vaga pública.

 

A guerra e a fome tiraram vidas inocentes.

 

Parlamentarismo e o presidencialismo surgiram na história dos conceitos para distinguir o regime inglês do americano.

 

O curso de gestão de pessoas e o de materiais representam ferramentas importantes para este certame.

 

A presença do artigo em “o de”, denota a existência de dois cursos. E não um curso abordando dois temas.

Atenção:

Perda e prejuízo marcaram/marcou nossa empresa.

Paz e tranquilidade fazem/faz parte da vida.

 

Na frase a cima, temos dois núcleos (Perda e Prejuízo), pela regra geral o verbo deverá concordar no plural. Quando tivermos núcleos sinonímicos é possível deixar o verbo no singular, pois este núcleo agirá como se fosse um.

 

Um dia, uma semana, uma vida inteira não significou/significaram nada diante da brutalidade deles.

 

Núcleos em gradação crescente ou decrescente permitem a utilização do singular e no plural.

 

Tu e ele concedestes/concederam a entrevista?

 

Núcleo formado por pronomes (Tu – 2ª pessoa, ele – 3ª pessoa), quando isso acontece o verbo concorda com o pronome de menor número, por esse motivo deveria ser usado o concedestes. Porém, no português, não se usa muito o vós, então os gramáticos admitem que quando se tem o tu e o ele, que se concorde com a terceira pessoa.

 

Eu e você ficaremos em paz.

 

Neste exemplo não existe o pronome vós, então o verbo deverá concordar com o menor número do plural, nós.

 

Tu e ele ficareis em paz.

 

Tu e ele pode ser substituído pela 2ª pessoa do plural, vós. Por esse motivo poderá ser usado o ficareis ou ficarão (eles).

 

Família, filhos, dinheiro, tudo faz parte da vida.

 

Quando temos um aposto, resumindo, o verbo deverá concordar com ele, e não com todos os itens citados.

 

O cliente com o advogado chegaram cedo ao fórum.

 

Os núcleos do sujeito unidos pela preposição com, que dá ideia de adição, por isso o verbo ficará no plural.

 

Nem o patrão nem o empregado quiseram falar do assunto.

 

O “Nem, Nem” realiza o sentido de soma, adição, por esse motivo o verbo ficará no plural.

Porém, alguns gramáticos acreditam que se nem um, nem outro quis falar, então é o mesmo que dizer que ninguém quis falar, portanto o verbo deve ficar no singular. O CESPE prefere no singular.

 

Um e outro admitiram falar do assunto.

 

Segundo os gramáticos o plural e o singular estaria correto, o CESPE porém considerou apenas o plural.

 

Um ou outro admitiu falar do assunto.

 

Segundo os gramáticos o plural e o singular estaria correto, pois o “ou” poderá ter sentido de inclusão ou exclusão:

 

Teatro ou cinema me divertem. (Inclusão – Plural)

Pedro ou Marcos se casará com Ana (Exclusão – Singular)

 

Tanto o aluno quanto o professor não conseguiram resolver o exercício.

O verbo poderá ficar no plural para concordar com os dois núcleos (já que o Tanto quanto, dá ideia de inclusão) ou concordar com o núcleo mais próximo.

 

Tanto o aluno quanto os professores gostariam de estar em férias (Apenas plural – pois além de existir dois núcleos, o núcleo mais próximo do verbo está no plural – então não cabe verbo no singular).

 

Tanto os professores quanto o aluno gostaria de estar de férias (É possível pois o verbo está concordando com o núcleo mais próximo – o aluno – que está no singular).

 

A responsabilidade, assim como a maturidade, transformaram-no num homem versátil.

 

Apesar de ser uma conjunção comparativa, nesta construção ela está somando por esse motivo o verbo fica no plural.

 

Nadar e correr faz bem à saúde.

Estudar bem os conteúdos e manter-se calmo representa atitudes corretas na vida de um concurseiro.

 

Existem dois núcleos, porém o verbo deverá ficar no singular, pois você tem sujeito formado por verbo (sujeito oracional). Porém, se os verbos apresentarem oposição, o verbo deverá ir para o plural:

 

Sorrir e chorar fazem bem à vida.

Exceção 02 – Sujeito Composto – Posposto

O verbo ficará no plural ou o concordar com o núcleo mais próximo.

Exemplo:

Chegaram cedo ao posto de saúde o médico e o enfermeiro.

Chegou cedo ao posto de saúde o médico e o enfermeiro.

 

Renovaram-se o contrato de aluguel e a inscrição no curso.

Renovou-se o contrato de aluguel e a inscrição no curso.

 

O contrato de aluguel e a inscrição no curso foram renovados.

 

Falhou o cálculo e as previsões.

Falharam o cálculo e as previsões.

 

Tudo fez para a cura do paciente o médico e a enfermeira.

Tudo fizeram para a cura do paciente o médico e a enfermeira.

Concordância Verbal Dúplice

São os casos em que são admitidas a concordância dupla, singular ou plural.

Exceção 03 – Sujeito Formado por “Um dos que” e “Uma das que”

Sendo sujeito uma dessas expressões, o verbo concorda de preferência no plural. (O verbo ficará no singular quando se referir apenas ao ser de que se fala ou quando se desejar destacar o individuo.

Exemplo:

Ronaldo foi um dos jogadores que mais se destacou naquela partida.

Ronaldo foi um dos jogadores que mais se destacaram naquela partida.

 

Ele era uma das pessoas que mais gostava de futebol.

Ele era uma das pessoas que mais gostavam de futebol.

 

Roberto Carlos ainda é um dos cantores que mais vende discos no Brasil.

Roberto Carlos ainda é um dos cantores que mais vendem discos no Brasil.

 

 

Um dos professores reclamou do material.

 

Um dos professores desta sala que reclamou do material sugeriu empregarmos apostilas.

Exceção 04 – Sujeito Formado por “Um dos” e “Um dos que”

O verbo concordará no singular.

Exemplo:

Um dos professores reclamou do material.

 

Um dos professores desta sala que reclamou do material sugeriu empregarmos apostilas.

Exceção 05 – Sujeito Formado por “Alguns de nós” e “Quais de vós”

Sendo o sujeito uma dessas expressões, poderão ocorrer as seguintes concordâncias:

a) O verbo concordará com os últimos pronomes (nós/vós)

Exemplo:

Quais de vós estais confiantes na vitória?

Quantos dentre nós a conhecemos bem?

Alguns de nós saberíamos resolver essa questão.

b) o verbo concordará com o pronome indefinido ou com o interrogativo (alguns/quais…)

Exemplo:

Quais de vós estão confiantes na vitória?

Quantos dentre nós a conhecem bem?

Alguns de nós saberão resolver essa questão.

Atenção:

Se os pronomes indefinido ou interrogativo estiverem no singular, só com esses o verbo deve concordar.

 

Qual de nós dará plantão hoje?

Qualquer um de nós faria o que ele fez.

Cada um de nós apresentará sua análise dos fatos.

Exceção 06 – Sujeito é um nome no plural

Se o nome vier precedido de artigo no plural (os/as) o verbo concordará no plural. Caso não haja os artigos o verbo ficará no singular.

Exemplo:

Os Estados Unidos invadiram o Afeganistão.

Estados Unidos invadiu o Afeganistão.

 

As Minas Gerais abrigam valiosas riquezas arquitetônicas.

Minas Gerais abriga valiosas riquezas arquitetônicas.

Exceção 07 – Sujeito coletivo

Quando o sujeito é constituído por um coletivo, o verbo;

a) ficará usualmente no singular:

Exemplo:

Na França, a multidão aplaudiu entusiasmada o rei Pelé.

b) pode ir para o plural (opcional), se vier distanciado do coletivo:

Exemplo:

A multidão, na França, a aplaudiu entusiasmada o rei Pelé.

A multidão, na França, a aplaudiram entusiasmada o rei Pelé.

c) pode ir para o plural (opcional), se o coletivo vier especificado por um adjunto no plural:

Exemplo:

A multidão dos torcedores  aplaudiram entusiasmada o rei Pelé.

A multidão dos torcedores  aplaudiu entusiasmada o rei Pelé.

Exceção 08 – Sujeito Formado por Expressão Partitiva

O nome já diz, lembra parcela. Logo expressão partitiva é quando se está referindo a uma parcela de um grupo de elementos.

A regra geral diz que o verbo pode concordar com o núcleo do sujeito (núcleo partitivo) ou concordar com o adjunto adnominal, que complementa este núcleo.

Exemplo:

A maioria dos alunos desistiu deste concurso. (Concordando com o núcleo partitivo.)

A maioria dos alunos desistiram deste concurso. (Concordando com o adj. Adnominal)

 

Após os sessenta, grande parte dos homens fica prejudicada.

Após os sessenta, grande parte dos homens ficam prejudicados.

 

A maioria das pessoas não sabe português.

A maioria das pessoas não sabem português.

 

10% da turma desistiram deste concurso.

10% da turma desistiu deste concurso.

 

1,5% dos inscritos desistiu deste concurso.

1,5% dos inscritos desistiram deste concurso.

 

1,7% do eleitorado não se decidiu.

 

No exemplo acima, o verbo não pode ficar no plural, pois mesmo o adjunto adnominal está no singular.

Exceção 09 – Expressões do tipo “Haja vista”

O verbo haver na expressão “haja vista” pode ser empregado ou no singular ou no plural (desde que não seja precedido por preposição), contudo, a palavra “vista” permanece invariável.

Exemplo:

Haja vista os ladrões de colarinho

Hajam vista os livros desse autor

 

Porém, se ocorrer uma preposição. O sujeito deixa de ser sujeito. E o haja visto só poderá estar no singular:

 

Haja vista aos ladrões

 

Importante lembrar que só admite-se flexão no plural. É incorreto dizer Haja visto.

Concordância Verbal Única

Exceção 10 – Sujeito é um pronome de tratamento

Quando o sujeito é representado por um pronome de tratamento, o verbo vai para a terceira pessoa do singular ou do plural.

Exemplo:

Vossa Excelência (você) deve agir com moderação.

Vossas senhorias (vocês) foram convidadas a participar do movimento em defesa da mulher.

Quando Vossa Santidade (você) fará sua próxima viagem?

 

Lembre-se: Quando falar de uma pessoa titular de um pronome de tratamento, refere-se a ela como “sua”:

 

Quando Sua Santidade fará sua próxima viagem?

Exceção 11 – Pronome Relativo “Que”

Quando você tem o relativo que, por mais que ele atue como sujeito deste verbo, quem estabelece a concordância é o seu antecedente, pois o “que” é neutro.

Exemplo:

Ninguém esquece as canções que venceram festivais.

 

Até 2015, 50% de recursos energéticos e de matéria-prima serão economizados por uma empresa que pretende investir 160 milhões de dólares num projeto…

 

Fui eu que fiz o desenho.

 

O CESPE gosta de perguntar se o que se refere a todos os itens anteriores (Livros, apostilas, e cursos), ele pode estar se referindo a eles, como também apenas a cursos que é o item anterior imediato. É uma ambiguidade, pois o verbo está no plural, não indicando se está concordando com todos os itens, ou o item anterior que está no plural.

 

Livros, apostilas, e cursos que nos preparam são muito importantes.

 

Os cheques pré-datados que permitem aos lojistas financiar seus clientes nas compras a prazo representam até metade dos cheques recebidos.

 

“Aos lojistas” é sintaticamente Objeto Indireto de permitir, mas semanticamente é o sujeito do verbo financiar. Como “Aos lojistas” está fora da 2ª Oração, o verbo financiar poderá ficar no infinitivo ou flexionar de acordo com o sujeito.

 

O empresário comprou equipamentos de segurança / para os trabalhadores usarem.

 

Para os trabalhadores usarem  é a 2ª oração da sentença. E deveria estar ligada por “Para que”, com a remoção do “que”, ela se torna uma oração reduzida.

 

Neste caso é obrigatória a flexão do verbo usar, pois o seu sujeito (trabalhadores) está na mesma oração que o verbo.

Exceção 12 – Sujeito Formado por Verbo apassivado pelo pronome “Se”

O verbo concordará com o sujeito.

É necessário se reescrever para forma ativa, sendo possível o verbo concordará com o sujeito. Se não estiver na voz passiva, a concordância será feita na 3ª pessoa do singular.

Exemplo:

Admitiram-se os erros.

Os erros foram admitidos.

 

Admitiu-se o erro.

O erro foi admitido.

 

Retomou-se o trabalho.

O trabalho foi retomado.

 

Informou-se aos interessados o regulamento do concurso.

 

Enviar-se-á um telegrama aos vencedores do concurso.

 

Discordou-se das decisões.

Trata-se de novas ideias para o crescimento do grupo.

 

Como não é possível reescrever, logo a concordância será feita na 3ª pessoa do singular. No primeiro exemplo temos um sujeito indeterminado. Mas no segundo, o sujeito é inexistente, pelo verbo ser impessoal.

 

As cervejas que se bebem aqui são de ótima qualidade.

 

O pronome relativo que está reescrevendo o termo “As cervejas”. Temos então a frase “As cerveja são bebidas aqui”. Percebe-se claramente que o Se é uma partícula apassivadora. E As cervejas é o sujeito desta oração, logo o bebem deve concordar com ele.

 

Por isso, no exemplo, caso fosse no singular, ficaria assim: “A cerveja que se bebe aqui é de ótima qualidade.”

 

As cenas de violência a que se assiste no carnaval baiano tem afugentado muitos turistas.

 

O exemplo acima é fácil perceber que o se indetermina o sujeito. Pois se substituirmos o que pelo “as cenas de violência” teríamos o “às cenas de violência”. Como o sujeito não pode ser iniciado por preposição, e no carnaval baiano também não pode ser sujeito. Verifica-se que a oração não tem sujeito.

 

Quando se tem a preposição antes do “que”, geralmente o “se” é índice de indeterminação do sujeito.

Atenção:

Nas locuções verbais formadas com verbos auxiliares poder, dever, e costumar a língua permite usar o verbo auxiliar no plural ou no singular, indiferentemente.

 

Devem-se ler bons livros.

Deve-se ler bons livros. (o deve concorda com o verbo principal)

 

Estas são as recomendações que se costumam fazer.

Estas são as recomendações que se costuma fazer.

Exceção 13 – Sujeito Indeterminado pelo pronome “Se”

Neste caso o verbo fica sempre na 3ª pessoa do singular.

Exemplo:

Tratou-se de assuntos polêmicos na reunião.

Assiste-se constantemente a cenas de violência no oriente médio.

 

As cenas de violência a que se assiste no carnaval baiano têm afugentado muitos turistas.

 

Como já visto na regra anterior, a preposição antes do que, geralmente transforma o sujeito em indeterminado. Pois o sujeito passaria a ter uma preposição, e isto não existe.

 

Comentam que ele se envolveu com o crime organizado

 

O termo grifado assim é objeto direto, o sujeito nesta frase é indeterminado (não há sujeito para concordar), logo por convenção deve ser utilizado na 3ª pessoa do plural.

 

Comenta-se que ele se envolveu com o crime organizado.

 

Comenta-se isto. O comenta está no singular pois o sujeito oracional está no singular.

Exceção 14 – Sujeito Oracional

Se o sujeito for representado por uma oração, o verbo ficará na terceira pessoa do singular.

Exemplo:

Cabe aos mestres tornar o aprendizado da língua pátria agradável.

 

Pode ser reescrito com isto, comprovando que é um sujeito oracional:

 

Isto cabe aos mestres.

 

Observe o segundo exemplo:

 

Ainda faltava fabricar algumas peças, mas surgiram empecilhos com que não se contava.

 

Empecilhos com que não se contava surgiram.

 

Surgiram deve concordar com Empecilhos que é o sujeito. E contava deve ficar na 3ª pessoa do singular devido ao motivo do sujeito ser indeterminado na oração “que não se contava”.

Atenção:

São exemplos de verbos que aceitam sujeito oracional: falta, convém, ocorre, acontece, apraz, parece, agrada, consta, cabe, é bom, é necessário.

 

Ainda faltava fabricar algumas peças.

Exceção 15 – Concordância dos verbos Faltar/Bastar/Sobrar

São verbos que concordam naturalmente com o sujeito.

Exemplo:

Faltam dois dias para terminar o curso.

Sobrou-me, apenas, o dinheiro para o transporte.

Sobraram-me, apenas, alguns trocados para o lanche.

Bastava uma palavra minha para que tudo terminasse.

Atenção:

Faltar + Verbo no infinitivo não é flexionado:

 

Ainda faltava encontrar alguns selos para completar minha coleção.

 

Encontrar alguns selos é sujeito oracional, apesar de termos selo no plural, o verbo faltar não foi flexionado para o plural.

Exceção 16 – Sujeito Formado por Elementos Aproximais (“Mais de”, “Menos de”, “Perto de”, “Cerca de”).

Quando o sujeito é constituído das expressões: cerca de, perto de, mais de, menos de, [… + numeral + nome], o verbo concorda com o numeral de tais expressões.

Exemplo:

Mais de um aluno veio à aula. (1 – singular)

Menos de dois alunos vieram à aula. (2 – plural)

 

Mais de um aluno se cumprimentaram.

 

Ideia de reciprocidade, então deve estar no plural. Não importa a regra!

 

Mais de um aluno mais de um professor vieram.

 

Quando a expressão vier repetida, o verbo irá para o plural.

Atenção:

Cerca de 18 pessoas ficaram feridas.

 

É uma construção incorreta, “Cerca de” é uma aproximação, logo deve ser utilizada com números redondos como 10, 20, 30…

Exceção 17 – Sujeitos resumidos por um pronome indefinido.

Quando os núcleos do sujeito composto vêm resumidos por um pronome indefinido (tudo, nada, ninguém …), o verbo fica no singular, concordando com esse pronome.

Exemplo:

“O pasto, as várzeas, a caatinga, era tudo de um cinzento de borralho”

Sérgio, Marcos, Fábio, Itamar, ninguém fez o exercício.

Alunos, professores, diretores, funcionário, todos participaram da inauguração.

Exceção 18 – Verbos Impessoais

Por não possuírem sujeito, os verbos impessoais ficam sempre na terceira pessoa do singular. Quando estes verbos formam locução verbal, o auxiliar é que fica na terceira pessoa do singular.

São verbos impessoais:

·         Verbos que indicam fenômenos da natureza;

·         Os verbos: haver, fazer, ir – na indicação de tempo cronológico;

·         Verbo haver, com sentido de existir/ocorrer;

·         Os verbos Estar/fazer/ser – na indicação de tempo meteorológico.

Exemplo:

Havia três anos que tudo acontecera.

Está fazendo um ano e meio, amor.

Ontem fez dois anos que Marquinhos e Aninha nasceram.

Vai para três meses que começamos este curso.

 

Não havia no mundo mulheres mais belas.

Haverá eleições este ano?

Deve haver caminhos menos árduos

 

Deve haver meios de suportar esta pressão.

Parecia haver mais pessoas do que realmente havíamos pensado.

Está muito quente aqui

Fazia um calor tremendo naquela terrinha

Era inverno e tudo parecia cinzento e triste.

 

Verbo haver (sentido de ter), mesmo sendo o ultimo elemento de uma locução.

Qualquer verbo auxiliar com o verbo haver deverá estar no singular. O mesmo ocorre como verbo fazer (indicando tempo decorrido), e tratar-se.

 

Faz uns dez minutos que falei de você.

Deve fazer umas 5 horas que estamos trabalhando.

 

Verbos que indicam fenômeno natural também são impessoais, por isso entram nesta regra:

 

Choveu muito em todo o estado.

Choveu em São Paulo e geou em Santa Catarina.

 

Porém, quando usada como figura de linguagem, deve ser colocada no plural. Pois perdeu o sentido impessoal, e a frase passa a ter sujeito:

 

Choveram criticas ao projeto.

Choveram garrafas no estádio.

Exceção 19 – Verbo Ser

O Verbo ser não tem preferencia pelo sujeito, geralmente é precedido pelo predicativo. Ele pode concordar com o sujeito que vem a esquerda, ou o predicativo à direita. Caso se inverta as posições, os termos mudarão sua função sintática, passando o da esquerda a ser o sujeito e o da direita o predicativo.

Exemplo:

Aquele bebê da foto sou eu. (Sujeito: Aquele bebê da foto)

Eu sou aquele bebê da foto. (Sujeito: Eu)

O verbo ser foge aos padrões normais de concordância de qualquer verbo. Parecendo ter vontade própria, o verbo ser concorda ora com o sujeito (concordância normal) ora com o predicativo, a depender de “suas preferências”.

O verbo ser tem preferência para concordar com:

·         Nome próprio a nome comum;

·         Pessoa a coisa;

·         Plural a singular;

·         Pronomes retos a qualquer outra coisa.

Exemplo:

Aquele bebê da foto sou eu. (Sujeito: Aquele bebê da foto)

Eu sou aquele bebê da foto. (Sujeito: Eu)

 

Nome próprio:

 

Madalena era os dengos da mãe.

Marcos é o orgulho da família.

Os desesperos do chefe era Roberto.

 

Pessoa a coisa:

 

Sua vaidade são os filhos.

Minhas alegrias é esta criança.

Meus pupilos são a razão de minha vida.

 

Plural a singular:

 

Muitas vitórias eram o seu sonho.

O meu sofrimento são essas dores-de-cabeça.

Naquela loja tudo eram quinquilharias.

No amor nem tudo são alegrias.

 

Pronomes Retos:

 

No meu setor, eu sou o chefe.

O candidato à presidência do sindicato és tu?

Você fala assim, porque os desempregados somos nós.

Isto não ocorre quando o verbo “ser” é impessoal: indica horas, dias, distância, peso, ou seja ligado a algum algarismo.

Exemplo:

Tudo são sonhos nesta vida.

Tudo é sonhos nesta vida.

 

Quando eu tenho pronomes indefinidos, no caso de Tudo, pronome neutro no caso de isto, isso, indefinido Quem (que pode ser relativo). Quando eu tenho esses pronomes o verbo ser pode ficar no plural, ou poderá ficar no singular para concordar com esses pronomes.

 

No exemplo acima temos o são concordando com sonhos, ou é concordando com tudo, e sua ideia de indefinição.

 

João era minhas preocupações diárias.

 

Se está aludindo a pessoa (nome próprio, pronome eu), o verbo deve concordar com a pessoa.

 

O tema da redação eram os direitos sociais e privados.

O tema da redação era os direitos sociais e privados.

 

Quando há a presença de dois substantivos (o tema, os direitos). O verbo ser deve concordar com um dos dois, logo é facultativo (há discordância entre os gramáticos, mas o CESPE tem preferência pelo plural).

 

Duas horas é muito para esperarmos.

 

As expressões quantitativas formadas pelo verbo ser são invariáveis (“é muito”, “é pouco”, “é suficiente”).

 

É uma hora e vinte minutos.

São duas horas.

São 14 de julho.

 

Quando não há sujeito, o verbo ser concordará com o primeiro termo que o segue, e este termo deverá estar explícito – em concurso deve se observar isso, pois algumas gramáticas dizem que deve combinar com uma palavra que esteja subentendida. Como em:

 

É 14 de julho (É dia 14 de julho)

Exceção 20 – Expressões do tipo “É pouco”/”É muito”/”É suficiente”

Se o sujeito indicar peso, medida, quantidade, e for seguido de expressões, o verbo ser fica no singular.

Exemplo:

Dois quilos de feijão é pouco para alimentar nossa família.

Dez reais é suficiente para um lanche?

Seis litros de gasolina é menos do que precisamos?

Exceção 21 – Verbo Parecer + Infinitivo

O verbo parecer é uma exceção. Ele permite que o parecer seja flexionado, ou se preferir que o auxiliar se flexione. Mas lembre-se, apenas um dos dois verbos da locução deve ser flexionado, e não todos.

Exemplo:

Os fiscais devem chegar hoje ainda ao porto.

 

Em uma locução, quem se flexiona é o verbo auxiliar. Exceto se o verbo principal fosse impessoal, o que obrigaria a todos os verbos ficarem no singular.

 

Os policiais parecem investigar algo ali.

Os policiais parece investigarem algo ali.

 

Os mares parecem afastar-se.

Os mares parece afastarem-se.

Exceção 22 – Verbo Bater, Dar, e Soar

Concordarão com o sujeito.

Exemplo:

Deram duas horas no relógio da matriz.

Deu 2 horas o relógio da matriz.

 

Na primeira frase o relógio está preposicionado, impossibilitando de ser sujeito. O que não acontece na segunda frase. Então, na primeira frase o sujeito é “2 horas”. Assim o verbo dar concordará com o sujeito.

Exceção 23 – Pronome Relativo “Quem”

O pronome relativo quem é utilizado para pessoa. Ele tem certa autonomia. Permitindo que o verbo concorde com ele, ou com o sujeito.

Exemplo:

Fui eu quem fez o desenho.

Fui eu quem fiz o desenho.

Correlação Verbal

A Correlação entre Tempos e Modos Verbais se dá através da ligação semântica entre os verbos de um período composto por subordinação do modo que haja uma harmonia de sentido na frase em que os verbos se encontram.

 Imagine a seguinte frase: Caso eu tivesse dinheiro, faço um curso.

 O que você diria dela? Há uma boa relação de sentido entre os verbos dessa frase? O verbo TER está no pretérito imperfeito do subjuntivo (tivesse), indicando hipótese, certo? O outro verbo, FAZER, está no presente do indicativo, indicando certeza e ação atual, certo? Podemos misturar hipótese e certeza na mesma frase? Faz sentido? NENHUM!!!

 Bem, acho que você já começou a entender. É preciso que determinados tempos e modos verbais se complementem na frase para que ela tenha um sentido harmônico, e isso se deve muito à correlação entre tempos e modos verbais. Veja como a frase acima deveria ficar, para haver harmonia de sentido na frase:

CASO EU TIVESSE DINHEIRO, FARIA UM CURSO.

 Tivesse: hipótese. Faria: hipótese. Ah…! Agora sim…! Entendi, Pestana!?

 É isso aí, meu nobre! Para haver harmonia é preciso que haja “dobradinhas” harmônicas entre os tempos verbais e os modos verbais.

 Existem três modos verbais: indicativo (certeza, fato), subjuntivo (incerteza, hipótese) e imperativo(ordem, pedido). Existem três noções temporais: passado (pretérito perfeito/imperfeito/mais-que-perfeito), presente e futuro (presente/pretérito).

 Vamos ao que interessa? Além de dois verbos de mesmo tempo e mesmo modo poderem se “combinar”, há outras “combinações” possíveis. Ah! Não é para ficar que nem um louco devorador de tabelas; perceba a relação de sentido entre os verbos.

Conheça algumas possibilidades de “dobradinhas” verbais para que você não erre mais questões desse tipo:

Iniciando com o tempo Presente:

Presente do indicativo + Pretérito Perfeito do Indicativo

 

Ex.: Hoje eu sei que tive chances com aquela mulher.

 

Presente do Indicativo + Pretérito Perfeito Composto do Subjuntivo

 

Ex.: Espero que ele tenha te apresentado àquela mulher.

 

Presente do Indicativo + Pretérito Imperfeito do Indicativo

 

Ex.: Só hoje eu vejo que naquela época tinha chances com ela.

 

Presente do Indicativo + Futuro do Presente do Indicativo

 

Ex.: Sei que você me apresentará àquela mulher.

 

Presente do Indicativo + Presente do Subjuntivo

 

Ex.: Quero que você me apresente àquela mulher ainda hoje!

Iniciando com o tempo Pretérito:

Pretérito Perfeito do Indicativo + Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

 

Ex.: Pedi que você me apresentasse àquela mulher.

 

Pretérito Perfeito do Indicativo + Pretérito Imperfeito do Indicativo

 

Ex.: Notei que você ia me apresentar àquela mulher.

 

Pretérito Perfeito do Indicativo + Pretérito Mais-Que-Perfeito Composto do Subjuntivo

 

Ex.: Quis que você tivesse me apresentado àquela mulher.

 

Pretérito Perfeito do Indicativo + Futuro do Pretérito do Indicativo

 

Ex.: Disseram que ela seria apresentada a mim.

 

Pretérito Imperfeito do Indicativo + Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

 

Ex.: Desejava que você me apresentasse àquela mulher.

 

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo + Futuro do Pretérito (simples ou composto) do Indicativo

 

Ex.: Se eu passasse por ela, apresentaria/teria apresentado a você.

 

Pretérito Imperfeito do Indicativo + Pretérito Mais-Que-Perfeito Composto do Subjuntivo

 

Ex.: Queria que ela tivesse sido apresentada a mim.

 

Pretérito Mais-Que-Perfeito do Indicativo + Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

 

Ex.: Apelara que você me apresentasse àquela mulher.

 

Pretérito Mais-Que-Perfeito Composto do Subjuntivo + Futuro do Pretérito Composto do Indicativo

 

Ex.: Se eu tivesse passado por ela, teria apresentado a você.

Iniciando com o tempo Futuro:

Futuro do Pretérito + Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

 

Ex.: Desejaria que me apresentasse àquela mulher.

 

Futuro do Pretérito do Indicativo + Pretérito Mais-Que-Perfeito Composto do Subjuntivo

 

Ex.: Gostaria que você tivesse visto àquela mulher.

 

Futuro do Subjuntivo + Futuro do Presente Indicativo/Presente do Indicativo

 

Ex.: Quando eu passar por ela, apresentarei/apresento a você.

 

Futuro do Subjuntivo + Futuro do Presente Composto do Indicativo

 

Ex.: Quando chegarmos até ela, já terá ido embora.

 


 

Bibliografia

Questões

·         Concordância Nominal e Verbal;


 

Resolução de Questões de Concursos Anteriores

TCE-SE – Analista de Controle Externo – 2013 – FCC

As normas de concordância verbal estão observadas em:

 

a) Nenhum dos moradores poderiam imaginar que caísse do céu aquele estranho objeto, que tantas influências acabariam por acarretar à vida do lugarejo.

 

b) De repente, viu-se o lugar invadido por repórteres, turistas, curiosos, gente a quem movia irrefreáveis desejos de ver de perto a coisa que viera do céu.

 

c) Aos moradores jamais poderiam ocorrer que os policiais se solidarizassem com eles, mesmo considerando que o comandante ali havia nascido.

 

d) Das propriedades mágicas do objeto não advinha mal algum, pelo contrário: só trazia benefícios aos que dele se acercassem, apenas luzes benéficas irradiava.

 

e) Muitos moradores chegaram a pensar que, com o desaparecimento do objeto, também haveriam de desaparecer o que suas propriedades mágicas lhes propiciavam.

RESPOSTA: D

A) Nenhum dos moradores poderiam poderiaimaginar que caísse do céu aquele estranho objeto, que tantas influências acabariam por acarretar à vida do lugarejo.

 

Poderia deverá estar no singular para concordar com o núcleo do sujeito “Nenhum dos” (Ninguém poderia).

 

B) De repente, viu-se o lugar invadido por repórteres, turistas, curiosos, gente a quem movia moviamirrefreáveis desejos de ver de perto a coisa que viera do céu.

 

Irrefreáveis desejos é o sujeito do verbo mover. Irrefreáveis desejos moviam

 

C) Aos moradores jamais poderiam poderia ocorrer que os policiais se solidarizassem com eles, mesmo considerando que o comandante ali havia nascido.

 

Isso jamais poderia ocorrer aos moradores

 

Sujeito Oracional, o verbo ficará no singular.

 

D) Das propriedades mágicas do objeto não advinha mal algum, pelo contrário: só trazia traziam benefícios aos que dele se acercassem, apenas luzes benéficas irradiava – CORRETO.

 

E) Muitos moradores chegaram a pensar que, com o desaparecimento do objeto, também haveriam de desaparecer o que suas propriedades mágicas lhes propiciavam.

Errada! O sujeito da locução verbal “haveriam de desaparecer” é apenas a pronome “o”, que está no singular. Assim, o correto seria: “…haveria de desaparecer o que suas…”.

TRT 1ª Região – Analista Judiciário (Área Administrativa) – 2013 – FCC

As normas de concordância verbal estão plenamente observadas na frase:

 

a) Cabem a cada um dos usuários de uma língua escolher as palavras que mais lhes parecem convenientes.

 

b) D. Glorinha valeu-se de um palavrório pelo qual, segundo lhe parecia certo, viessem a impressionar os ouvidos de meu pai.

 

c) As palavras que usamos não valem apenas pelo que significam no dicionário, mas também segundo o contexto em que se emprega.

 

d) Muita gente se vale da prática de utilizar termos, para intimidar o oponente, numa polêmica, que demandem uma consulta ao dicionário.

 

 e) Não convém policiar as palavras que se pronuncia numa conversa informal, quando impera a espontaneidade da fala.

RESPOSTA: D

A)      A expressão “cada um de nós”, obriga ao verbo a concordar no singular. Logo a frase deveria ser “Cabe a cada um dos usuários”.

B)      O pronome relativo Qual está substituindo a palavra palavrório, que está no singular. Logo o verbo “viessem” deveria estar no singular.

C)      As palavras que se empregam. Segundo o contexto que se empregam o que? As palavras.

D)      Correto. Termos que demandem (que demandem = Presente do subjuntivo).

E)      O que são pronunciadas numa conversa informal? As palavras. Logo o verbo “pronuncia” deveria estar no plural.

TRT 1ª Região – Analista Judiciário (Área Administrativa) – 2013 – FCC

Estão plenamente acatadas as normas de concordância verbal na seguinte frase:

 

a) A virtude da confiança, assim como a da desconfiança, não independe das circunstâncias que a requisitam.

 

b) As ações de confiar ou desconfiar constitui uma alternativa que não raro corresponde a um dilema.

 

c) Destacam-se, no capítulo das desconfianças, a escola dos filósofos clássicos identificados com o ideário do ceticismo.

 

d) Entre todas as virtudes, a da confiança é das que mais requer argumentos para se afirmarem junto aos críticos.

 

e) Aos desconfiados parecem inaceitável ingenuidade pensar que o otimismo e a esperança possam nutrir alguém.

RESPOSTA: A

A) A virtude da confiança, assim como a da desconfiança, não independe das circunstâncias que a requisitam.

Quando você tem o relativo que, por mais que ele atue como sujeito deste verbo, quem estabelece a concordância é o seu antecedente, pois o “que” é neutro.

“Circunstâncias requisitam a virtude da confiança, assim como a da desconfiança.

B) As ações de confiar ou desconfiar constitui constituemuma alternativa que não raro corresponde a um dilema.

O verbo constituir deve concordar com o núcleo do sujeito.

A segunda oração está correta, pois “corresponde” concorda com o núcleo do sujeito da oração “Uma alternativa não raro corresponde a um dilema”, que é “uma alternativa”, a um dilema é objeto direto.

C) Destacam-se Destaca-se, no capítulo das desconfianças, a escola dos filósofos clássicos identificados com o ideário do ceticismo.

Quando há a “SE”, olha-se primeiro a transitividade do verbo. Neste caso: quem destaca, destaca algo (VTD);

O sujeito é paciente, pois sofre a ação: a escola dos filósofos clássicos identificados com o ideário do ceticismo (sujeito);

Admite-se a voz passiva analítica: a escola dos filósofos clássicos identificados com o ideário do ceticismo foi destacada.

Neste caso, o SE será uma partícula apassivadora. Por isso o verbo deverá concordar com o sujeito: Destaca-se a escola dos filósofos clássicos identificados com o ideário do ceticismo.

d) Entre todas as virtudes, a da confiança é das que mais requer argumentos para se afirmarem afirmar junto aos críticos.

A presença da partícula “se” após uma conjunção demonstra que ela é um índice de indeterminação do sujeito, assim o verbo deve vir na 3ª pessoa do singular.

e) Aos desconfiados parecemparece inaceitável ingenuidade pensar que o otimismo e a esperança possam nutrir alguém.

O Parecer não vem com um verbo no infinitivo, logo ele tem a regra concordar com o sujeito, que nesta alternativa é Oracional.

TRT 1ª Região – Técnico Judiciário (Área Administrativa) – 2013 – FCC

Substituindo-se o segmento em destaque pelo colocado entre parênteses ao final da frase, o verbo que deverá manter-se no singular está em:

 

a) Houve um sonho monumental… (sonhos monumentais)

b) Bem disse Le Corbusier que Niemeyer… (os que mais conheciam a sua obra)

c) Assim pensava o maior arquiteto… (grandes arquitetos como Niemeyer)

d) O comunismo resolve o problema da vida… (As revoluções vitoriosas da esquerda)

e) Niemeyer vira a possibilidade… (Os arquitetos da geração de Niemeyer)

RESPOSTA: A

A) Haver, sentido de ocorreu, ter, é um verbo impessoal. Não varia segundo o número, ficando apenas na 3ª pessoa do singular.

B) Bem disseram os que mais conheciam a sua obra que Niemeyer…

C) Assim pensavam grandes arquitetos como Niemeyer…

D) As revoluções vitoriosas da esquerda resolvem o problema da vida…

E) Os arquitetos da geração de Niemeyer viram a possibilidade…

TRT 9ª Região – Técnico Judiciário – 2013 – FCC

O verbo que pode ser corretamente flexionado no plural está grifado em:

 

a) …na última década surgiu a comunicação digital…

b) …e parte das interações sociais adquiriu um caráter virtual…

c) …é difícil definir e medir separadamente a contribuição…

d) Mais tarde, nas cidades, havia discussões em praça pública…

e) Como teria sido a Primavera Árabe sem e-mail, Twitter e Facebook?

RESPOSTA:

A)      Incorreto – Surgirão as comunicações digitais.

B)      Correto – No singular concordará com “parte”, No plural concordará com “das interações. Se o coletivo vier seguido de substantivo plural que o especifique e anteceder ao verbo, este poderá ir para o plural, quando se quer salientar não a ação do conjunto, mas a dos indivíduos, efetuando-se uma concordância não gramatical, mas ideológica.

C)      Incorreto – São difícil

D)      Incorreto – haver no sentido de existir; fazer indicando tempo; verbos que indicam fenômeno da natureza; por não se referirem a nenhum sujeito, são usados sempre na 3ªpessoa do singular. (impessoais)

E)      Incorreto – Teria concorda com “A Primavera Árabe”.

TRT 15ª Região – Analista Judiciário – 2013 – FCC

De acordo com as regras de concordância, a frase correta é:

 

a) Ainda existem pessoas menos esclarecidas que tem na exploração predatória dos recursos naturais sua renda.

 

b) Naquela tarde, haviam muitos estudantes mais exaltados se manifestando por medidas que garantiam a sustentabilidade.

 

c) Em outras épocas, não existia preocupações com a preservação das florestas, dos rios e, mesmo, da energia.

 

d) Na situação atual, é impossível não haverem pessoas que se preocupem com agricultura e economia sustentável.

 

e) Na ocasião, já fazia meses que os ambientalistas discutiam medidas para a contenção dos desmatamentos.

RESPOSTA: E

A)      Errado, o correto seria “que têm”, “suas rendas”;

B)      Errado, o correto seria “havia muitos”;

C)      Errado, o correto seria “não existiam”;

D)      Errado, o correto seria “não haver”, pois é impessoal e não deve variar;

E)      Certo.

Lembre-se

Se aparecer o verbo HAVER, no sentido de existir; ocorrer o verbo ficará no Singular;

Se aparecer o verbo FAZ,  quando indicar tempo; hora; dia o verbo ficará no Singular.

Por que, nesse caso, eles são verbos impessoais, ou  seja, não tem sujeito e, logo ficam na 3ª pessoa do singular.

 

TRT 18ª Região –Analista Judiciário – 2013 – FCC

As normas de concordância estão plenamente respeitadas na frase:

 

a) Sobressai, na igreja projetada por Brunelleschi, os nove anéis circulares horizontais que se estende pelos oito lados da cúpula.

 

b) Imagina- e que devam haver outras referências ao poeta Dante Alighieri nos projetos arquitetônicos de Brunelleschi.

 

c) Famoso por sua ousadia, nunca inquietou Brunelleschi os nove anéis circulares horizontais que seriam embutidos ao longo dos oito lados da cúpula da igreja.

 

d) Quando deparam com a Catedral de Florença, os turistas não imaginam que tantas intempéries, como a peste negra, por exemplo, detiveram sua construção.

 

e) Cada um dos círculos que se encontra na cúpula da igreja projetados por Brunelleschi foram inspirados no Paraíso de Dante Alighieri.

RESPOSTA: D

A)      Incorreto: Os nove anéis que se estendem (os anéis se estendem);

 

B)      Incorreto: Devem haver outras referências – O verbo haver (no sentido de existir, ou indicando tempo transcorrido) e o verbo fazer (indicando tempo transcorrido) são impessoais, isto é, não possuem sujeito; devem, portanto, ficar na terceira pessoa do singular. Quando um verbo auxiliar se junta a um verbo impessoal, ele também fica no singular. No caso da questão, “dever” é o verbo auxiliar

 

C)      Incorreto: Os nove anéis nunca inquietaram Brunelleschi;

 

D)      Correto;

 

F)       Incorreto: Cada um dos círculos que se encontra (concorda com cada um – correto) e cada um dos círculos foi inspirado no paraíso de Dante Alighieri.

TRT 18ª Região –Analista Judiciário – 2013 – FCC

O verbo empregado no plural que, sem prejuízo das normas de concordância verbal, também poderia ser empregado no singular está grifado neste fragmento de um poema de Cora Coralina:

 

a) Filhos, pequeninos e frágeis…

eu os carregava, eu os alimentava?

Não. Foram eles que me carregaram,

que me alimentaram.

 

b) Sobraram na fala goiana algumas expressões africanas, como Inhô, Inhá, Inhora, Sus Cristo. […]

 

c) Suas roseiras, jasmineiros, cravos e cravinas, escumilhas, onde beija-flores faziam seus ninhos delicados […]

 

d) Na Fazenda Paraíso, grandes terras de Sesmaria, nos dias da minha infância ali viviam meu avô, minha bisavó Antônia, que todos diziam Mãe Yayá, minha tia Bárbara, que era tia Nhá-Bá.

 

e) E vinham os companheiros, eu vi, escondida na moita de bambu…

RESPOSTA: D

Esse é um caso de concordância atrativa, o verbo pode concordar tanto com o sujeito composto quanto com o sujeito mais próximo, mas isso, somente, quando vier preposto (antes do sujeito).

Na concordância verbal temos alguns casos que podem gerar dúvidas quanto ao sujeito composto e a correta conjugação do verbo. Quando o sujeito vier depois do verbo, esse último ficará no plural ou com o núcleo do sujeito que estiver mais próximo ao verbo.

Exemplo:

·         Dividiram a comida a mãe, os seus filhos e os amigos de seus filhos.

·         Dividiu a comida a mãe, os seus filhos e os amigos de seus filhos.

Porém, quando o sujeito composto estiver antes do verbo, esse último ficará no plural.

Exemplo:

·         Paola e Pedro gostaram do seu interesse em vender a casa.

TRT 18ª Região – Técnico Judiciário – 2013 – FCC

O verbo empregado no singular que também poderia ter sido empregado no plural, sem prejuízo do respeito às normas de concordância verbal, está grifado em:

 

a) Uma pesquisa recente […] procurou avaliar como o mundo corporativo se prepara para o fenômeno.

 

b) A juniorização, por ser realizada com o propósito de reduzir custos, compromete a qualidade da gestão…

 

c) Então, o trabalho emperra, os clientes reclamam, mas a planilha de custos fala mais alto.

 

d) Em terceiro lugar, poucas iniciativas para garantir maior qualidade de vida e para ter quadros mais saudáveis no futuro.

 

e) Consequentemente, a maioria das empresas não possui mecanismos para atrair e manter tais quadros.

RESPOSTA: E

A expressão “maioria de” permite a concordância no singular com a palavra maioria, ou no plural com o “das empresas”.

Expressões Quantitativas como “a maioria de”, “grande parte”, “bando”, “1%” a concordância far-se-á com a expressão quantitativa, o verbo ficará no singular ou a flexão do verbo poderá ir para o plural concordando com o substantivo mais próximo.

TRT 18ª Região – Técnico Judiciário – 2013 – FCC

Diferentes tradições de estudos e pesquisas, não só em comunicação como em outras áreas disciplinares, …… possibilitado a ampliação do desenvolvimento de trabalhos, sobretudo a partir de 1980, envolvendo análises sobre a interação entre recepção e comunicação. A questão não é nova e …… sendo pesquisada desde o início do século, especialmente no que se …… às relações entre os veículos de comunicação e o receptor.

 

(Mauro Wilton de Sousa. “Recepção e comunicação: a busca do sujeito, o lado oculto do receptor. São Paulo: Brasiliense. 1995. p.13)

 

Preenchem corretamente as lacunas do texto acima, na ordem dada:

 

a) têm – vêm – referem

b) tem – vem – referem

c) têm – vem – refere

d) tem – vêm – refere

e) têm – vem – referem

RESPOSTA: C

“têm” – Verbo TER, de segundo o Novo Acordo Ortográfico, recebe o acento em sua pluralização. No segmento o verbo “ter” concorda com “Diferentes tradições de estudos e pesquisas..”, portando deve ficar no plural.

“vem” – No segmento ele concorda com “A questão”, portando deve ficar no singular.

Como o “se” que vem antes do “refere” é um índice de indeterminação de sujeito,  o verbo sempre ficará na terceira pessoa do singular.

TCE-AM – Analista de Controle Externo – 2012 – FCC

As normas de concordância verbal estão plenamente observadas na construção da frase:

 

a) Não se devem àqueles que procrastinam suas tarefas nenhum respeito, pois jamais se importam com os prejuízos que acabam por acarretar a terceiros.

 

b) Qualquer consulta a quaisquer verbetes de quaisquer dicionários precisam levar em conta a dificuldade de se aclararem o sentido de um vocábulo sem o amparo de um contexto.

 

c) O fato de ensejarem as crônicas uma grande liberdade no rumo que lhes traçam os cronistas permite ao autor associá-las à circularidade e à dinâmica da Terra.

 

d) O autor sustenta a ideia de que mais vale, ao se adiar um trabalho, os prazeres da vagabundagem do que as recompensas da simples procrastinação.

 

e) Não cabem aos simplórios procrastinadores o prazer tão especial de quem adia uma tarefa tediosa apenas para desfrutar criativamente de um ócio verdadeiro.

RESPOSTA: C

A) Não se devem deve àqueles que procrastinam suas tarefas nenhum respeito, pois jamais se importam com os prejuízos que acabam por acarretar a terceiros.

B) Qualquer consulta a quaisquer verbetes de quaisquer dicionários precisam precisalevar em conta a dificuldade de se aclararem o sentido de um vocábulo sem o amparo de um contexto.

C) Correto

D) O autor sustenta a ideia de que mais valevalem, ao se adiar um trabalho, os prazeres da vagabundagem do que as recompensas da simples procrastinação.

E) Não cabemcabe aos simplórios procrastinadores o prazer tão especial de quem adia uma tarefa tediosa apenas para desfrutar criativamente de um ócio verdadeiro.

TRT 6ª Região – Técnico Judiciário – 2012 – FCC

 

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:

 

a) enxergam – atraíram – totalizaram

b) enxerga – atraíram – totalizaram

c) enxerga – atraiu – totalizou

d) enxerga – atraíram – totalizou

e) enxergam – atraiu – totalizaram

RESPOSTA: E

I – Os Estados Unidos e  França – Eles Enxergam.

II – A França atraiu.

III – Os gastos totalizaram.

TRT 11ª Região – Técnico Judiciário – 2012 – FCC

O verbo que se mantém corretamente no singular, apesar das alterações propostas entre parênteses para o segmento grifado, está na frase:

 

a) É o desafio do nosso tempo. (os desafios)

b) E isso quando a própria FAO alerta … (os especialistas da própria FAO)

c) E que a produção precisará crescer 70% até 2050 … (a produção de alimentos)

d) Tudo acontece num cenário paradoxal. (Todos os problemas)

e) Um relatório da própria FAO assegura … (Os dados de um relatório)

RESPOSTA: C

A)      Os desafios do nosso tempo.

B)      E isso quando os especialistas da própria FAO alertam

C)      E que a produção de alimentos precisará crescer…

D)      Todos os problemas acontecem…

E)      Os dados de um relatório da própria FAO asseguram

O Item C pois o núcleo não muda, continua simples, foi apenas adicionado um complemento no plural. Mas o verbo concorda com o núcleo.

TST – Analista Judiciário – 2012 – FCC

A flexão de todas as formas verbais está plenamente adequada na frase:

 

a) Os que virem a desrespeitar quem não tem fé deverão merecer o repúdio público de todos os homens de bem.

 

b) Deixar de professar uma fé não constitue delito algum, ao contrário do que julgam os fanáticos de sempre.

 

c) Ninguém quererá condenar um ateu que se imbui do valor da ética e da moral no convívio com seus semelhantes.

 

d) Se não nos dispormos a praticar a tolerância, que razão teremos para nos vangloriarmos de nossa fé religiosa?

 

e) Quem requiser respeito para a fé que professa deve dispor-se a respeitar quem não adotou uma religião.

RESPOSTA: C

A) Incorreto

·         “Os que virem a desrespeitar”. O correto seria “Os que vierem a desrespeitar”.

B) Incorreto

·         “constitue”. O correto seria “constitui”.

C) Correto

D) Incorreto

·         “Se não nos dispormos”. O correto seria “Se não nos dispusermos”;

·         “nos vagloriamos”. O correto seria “nos vangoloriar” ou “vangloriarmos”.

E) Incorreto

·         “Requiser”. O correto seria “requerer” ou “quiser”.

TST – Analista Judiciário – 2012 – FCC

As normas de concordância verbal estão plenamente acatadas em:

 

a) Aos ateus não se devem dispensar o mesmo tratamento de que foram vítimas os primeiros adeptos do cristianismo.

 

b) Nunca faltaram aos homens de todas as épocas o recurso das crenças no sobrenatural e a empolgação pelas artes da magia.

 

c) Não se deixam levar pelas crenças transcendentes quem só costuma atender as exigências do pensamento racional.

 

d) Poupem-se da ira dos fanáticos de sempre aquele tipo de pesquisador que se baseia tão somente nos fenômenos que se podem avaliar.

 

e) Nunca se abrandaram nos homens e mulheres que não se valem da fé religiosa a reação hostil dos que se proclamam filhos de Deus.

RESPOSTA:

Um macete simples: inverta a oração, a partir dos sujeitos, e verifique a correlação do TEMPO VERBAL: O RECURSO DAS CRENÇAS e A EMPOLGAÇÃO PELAS ARTES DA MAGIA nunca FALTARAM aos homens de todas as épocas.

a) Aos ateus não se devem dispensar o mesmo tratamento de que foram vítimas os primeiros adeptos do cristianismo.

Incorreto – O mesmo tratamento de que foram vítimas os primeiros adeptos do cristianismos não se deve aos ateus.

b) Nunca faltaram aos homens de todas as épocas o recurso das crenças no sobrenatural e a empolgação pelas artes da magia.

Correto – O recurso das crenças no sobrenatural e a empolgação pelas artes da magia nunca faltaram aos homens de todas as épocas.

c) Não se deixam levar pelas crenças transcendentes quem só costuma atender as exigências do pensamento racional.

Incorreto – Quem só costuma atender as exigências do pensamento racional não se deixa levar pelas crenças transcendentes.

d) Poupem-se da ira dos fanáticos de sempre aquele tipo de pesquisador que se baseia tão somente nos fenômenos que se podem avaliar.

Incorreto – Aquele tipo de pesquisador que se baseia tão somente nos fenômenos que se podem avaliar poupam-se da ira dos fanáticos de sempre.

e) Nunca se abrandaram nos homens e mulheres que não se valem da fé religiosa a reação hostil dos que se proclamam filhos de Deus.

Incorreto – A reação hostil dos que se proclamam filhos de Deus nunca se abrandará nos homens e mulheres que não se valem da fé religiosa.

TER-PE – Analista Judiciário – 2011 – FCC

Estão plenamente adequadas a flexão e a correlação entre tempos e modos dos verbos na frase:

 

a) As ponderações de Kucinski seriam úteis se acatadas por todos os que estivessem envolvidos no campo de atuação que ele analisou.

 

b) Todo louvor aos que se disporem a assumir valores éticos, sem que se importassem com os sacrifícios que isso representaria.

 

c) Teria sido o mercado, e não a fraqueza moral de cada um, o fator que levará os jovens a uma competição cada vez mais violenta.

 

d) Os jovens jornalistas agem hoje como se nunca houvera necessidade de sobreviver ao tempo em que trabalhassem os veteranos.

 

e) Caso ninguém venha a se preocupar com a ética no trabalho, seria inútil que os velhos profissionais venham a nos lembrar o nome de Pulitzer.

RESPOSTA: A

A) CORRETO.

B) INCORRETO – Todo louvor aos que se disporemDISPUSERAM a assumir valores éticos, sem que se importassem com os sacrifícios que isso representaria.

C) INCORRETO – Teria sido o mercado, e não a fraqueza moral de cada um, o fator que levará LEVARIA os jovens a uma competição cada vez mais violenta.

D) INCORRETO – Os jovens jornalistas agem hoje como se nunca houvera HOUVESSE necessidade de sobreviver ao tempo em que trabalhassemTRABALHAVAM os veteranos.

E) INCORRETO – Caso ninguém venha a se preocupar com a ética no trabalho, seria SERÁ inútil que os velhos profissionais venham a nos lembrar o nome de Pulitzer

TRT 20ª Região – Analista Judiciário – 2011 – FCC

Paulo Honório (querer) contar a própria vida, mas, julgando que não o (conseguir), (pedir) ao jornalista Gondim que o (fazer).

 

Os verbos indicados entre parênteses estarão adequadamente correlacionados na frase acima caso se flexionem nas seguintes formas:

 

a) quisera – conseguirá – pedisse – faria

b) queria – conseguiria – pediu – fizesse

c) queria – conseguisse – pedia – faça

d) quis – consegue – pede – fizesse

e) quis – conseguiu – pediu – faça

RESPOSTA: B

Os tempos verbais:

·         Queria: Pretérito Imperfeito

·         Conseguiria: Futuro do Pretérito do Indicativo

·         Pediu: Pretérito Perfeito do Indicativo

·         Fizesse: Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

Os tempos verbais no passado se relacionam entre si, e o passado se relaciona ao futuro do pretérito, portanto, a alternativa está correta!

Trata-se de CORRELAÇÃO VERBAL.

Abaixo os casos mais comuns em que os tempos verbais são concordantes:

1)      Presente do indicativo + presente do subjuntivo (hipótese): Eu quero que você aprenda esta matéria.

2)      Pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo: Exigi que ele fizesse o dever.

3)      Pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito do indicativo: Se você fizesse o dever, eu leria suas respostas.

4)      Futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo: Quando você fizer o dever, dormirei.

5)      Pretérito imperfeito do indicativo + futuro do pretérito do indicativo: Sempre quis o melhor para a família, do contrário, não trabalharia tanto.

A resposta à questão é uma combinação dos itens 5 e 2.

TRT 20ª Região – Analista Judiciário – 2011 – FCC

Nosso espírito logo se define, logo se agregam ao nosso espírito as marcas que distinguirão nosso espírito para sempre, já que nunca faltarão ao nosso espírito os impulsos determinantes da natureza.

 

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, respectivamente, por:

 

a) agregam-no – lhe distinguirão – lhe faltarão

b) agregam-lhe – lhe distinguirão – faltar-lhe-ão

c) agregam a ele – lhe distinguirão – lhe faltarão

d) o agregam – o distinguirão – o faltarão

e) lhe agregam – o distinguirão – lhe faltarão

RESPOSTA: E

Questão que poderia simplesmente ser resolvida sabendo que o lhe é utilizado para Objeto indireto e o “o” em objeto direto.

TRT 20ª Região – Técnico Judiciário – 2011 – FCC

“o cérebro é uma orquestra sinfônica em que os instrumentos vão se modificando à medida que são tocados”. (3º parágrafo)

 

A expressão pronominal em que, grifada acima, preenche corretamente a lacuna da frase:

 

a) As questões …… se preocupam os cientistas dizem respeito às alterações cerebrais devidas ao uso indiscriminado da internet.

 

b) É incalculável o número de informações, sobre os mais diversos temas, …… o cérebro humano é capaz de processar.

 

c) As hipóteses aventadas, …… se baseiam os especialistas, devem ainda ser comprovadas por exames acurados.

 

d) As implicações causadas pela onipresença da internet, …… está sujeito o cérebro humano, são objeto de preocupação de cientistas.

 

e) As informações …… dispõem os usuários da comunicação eletrônica são múltiplas, embora sejam superficiais.

RESPOSTA: C

a) os cientistas se preocupam COM alguma coisa (as questões).

b) o cérebro humano é capaz de processar alguma coisa (o número de informações).

c) os especialistas se baseiam EM alguma coisa (hipóteses aventadas).

d) o cérebro humano está sujeito A alguma coisa (as implicações causadas pela onipresença da internet).

e) os usuários dispõem DE alguma coisa (informações).

TRT 20ª Região – Técnico Judiciário – 2011 – FCC

Quanto mais dependemos dos sites de busca … (2º parágrafo)

 

A mesma relação existente entre o verbo e seu complemento, grifados no segmento acima, está em:

 

a) A internet produziu transformações espetaculares na sociedade na última década …

b) É uma nova linha de investigação científica.

c) … se essas informações estão disponíveis no Google, a dois toques do mouse?

d) … que necessita de uma memória mais potente.

e) Ou um piano martelado por um músico de uma nota só que, ao fim e ao cabo, vira um bumbo.

RESPOSTA: D

A relação é de um Verbo VTI com um objeto indireto. Temos este caso apenas na letra D.

A)      VTD

B)      Verbo de Ligação. Além disso “De Investigação Científica” é um complemento nominal.

C)      Verbo de Ligação.

D)      VTI

E)      Verbo de Ligação. Além disso vira é VTD.

TRT 9ª Região – Técnico Judiciário – 2010 – FCC

A concordância verbal e nominal está inteiramente correta na frase:

 

a) A descoberta de rotas navegáveis no polo ártico foi feito por dois navios alemães, quando venceram os trechos mais difíceis.

 

b) A viagem, apesar dos perigos trazidos pelas placas de gelo flutuantes, devem se completar até o fim do mês.

 

c) As placas de gelo flutuantes, que se vê em toda a região ártica, serve de berçário para os filhotes de focas.

 

d) A passagem que resultou do derretimento do gelo na região do polo ártico desperta os interesses comerciais de países próximos.

 

e) O controle desses recursos estão sendo disputados por países que se dispõe a investir na região do polo ártico.

RESPOSTA: D

A) Incorreta – A descoberta foi FEITA – A descoberta de rotas navegáveis no polo ártico foi FEITA por dois navios alemães, quando venceram os trechos mais difíceis.

B) Incorreta – A viagem DEVE – A viagem, apesar dos perigos trazidos pelas placas de gelo flutuantes, DEVE se completar até o fim do mês.

C) Incorreta – As placas SERVEM, As placas que se VÊEM – As placas de gelo flutuantes, que se VÊEM em toda a região ártica, SERVEM de berçário para os filhotes de focas.

d) Correto – A passagem desperta os interesses comerciais.

e) Incorreto – O controle ESTÁ sendo DISPUTADO – O controle desses recursos ESTÁ sendo DISPUTADO por países que se dispõe a investir na região do polo ártico.

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